sexta-feira, maio 28, 2004

Hoje o meu filho faz 8 anitos. Parabéns Sebastião por este dia !

Dou graças a Deus por ter posto a tua vida no caminho da minha vida. Sem ti seria muito mais pobre. Contigo tenho aprendido muito. Ser pai é um mistério. Hoje sei que este amor que te tenho, nasceu cá dentro, mas não da minha vontade. Foste tu quem despertou em mim um amor incondicional, livre, feliz. Gosto tanto de te ver crescer, de brincar contigo, de te dar beijinhos e abraços.Contigo aprendi a sentir e a experienciar um pouco do Amor de Deus pelos Homens. Deve ser também assim...
Hoje é dia de dar graças a Deus pelo dom da vida, da tua vida, da minha vida.
Um beijo muito grande do teu pai.

sábado, maio 15, 2004


sexta-feira, maio 14, 2004

E novamente. A senhora não pára de me surpreender. Desta feita, retiro um excerto que vem sempre a propósito quando a respeito dos media nos pomos a pensar em que lugar devemos pôr os jornais.Nos dias que correm, podemos acrescentar sem grande perda de exactidão, a televisão e os seus arautos... Aqui fica Agustina Bessa-Luís in " O mistério da Légua da Póvoa"

"... Nunca se deve dizer a verdade em público, foi para isso que os jornais se inventaram. Sabe porquê? A verdade não se pode acolher em nossa casa. É como a santidade. Os sinónimos de santo são terrível ou ciumento( Jos.24,19). Não há maior desejo que o desejo da verdade. Mas ela inspira terror, ninguém a quer ter por hóspede, nem sequer por vizinho.(...) Um jornal é uma terapêutica do estímulo. cria uma proximidade com o sofrimento para exaltar a sensibilidade do leitor e dar ao princípio da vida forças novas e resistências redobradas. É um factor cultural.
- O que é um factor cultural?
- A dor. Tudo o mais é uma quimera."

quinta-feira, maio 13, 2004

Blogeando por aí, dou de caras com a "terra da alegria" (espero que o meu amigo Miguel me ajude a linkar isto como deve ser). Num post do José do "Guia dos perplexos" vi este texto que não posso deixar de concordar e do qual retiro este excerto que me parece muito elucidativo. Dá que pensar... Na verdade penso até que (sem qualquer alarmismo, mas com muita esperança) estes tempos em que vivemos são muito semelhantes aos das primitivas comunidades cristãs.

"...E a minha opinião é a de que nestes últimos 30 anos, com uma suma habilidade, resultante não só das qualidades da hierarquia como também duma experiência acumulada duas vezes milenar, a Igreja Católica portuguesa concentrou a sua melhor atenção em duas entidades:
- o Estado, para melhor a ele se acomodar e evitar repetições de desvarios passados e também, seguramente, para o levar a não descurar a vertente social e sociológica de que se tornou paladina tal como para evitar nele desvios secularizantes ou anti-doutrinais excessivamente óbvios e formais.
- a base sociológica de crentes pré-existente na altura do 25 de Abril, e por cujas necessidades de assistência espiritual e ritual a Igreja tem velado com eficiência satisfatória, mau grado as óbvias dificuldades de recrutamento de novos sacerdotes.
Ora, a minha ideia é que por muito se ter focado nestas duas vertentes, a Igreja, passou ao lado dum fenómeno de grande magnitude cujas consequências estarão ainda para vir, mas que irão alterar completamente a relação da Igreja com o Estado e o posicionamento dos crentes católicos no ambiente sociológico português. Eu não digo que a Igreja não detectou o fenómeno. Detectou-o com certeza, mas o facto é que concentrou os recursos da sua inteligência colectiva na observação, assistência e “acompanhamento” das duas entidades atrás referidas.
O fenómeno de que estou a falar é a drástica evolução, não política, não económica, mas sobretudo sociológica e cultural ocorrida nestes últimos 30 anos, que levou por exemplo a uma profunda descatolicização e crescente agnosticização das novas gerações, o que começa já a ter consequências visíveis. Por ter estado tão atenta à potencial secularização do Estado, a Igreja viu acontecer, com protesto seu mas sem acção consequente, uma profunda secularização do tecido social português. Vemos um Estado ainda reverente (daí a cadeira) mas uma população indiferente. A tal ponto que já hoje e a partir de hoje, ser Igreja e ser católico nesta sociedade portuguesa é e será algo de radicalmente diferente do que foi no passado.
E a ideia que tenho é que muitos católicos leigos já sentem isto diariamente mas a Igreja, essa, enquanto instituição, não estou seguro que tenha percebido plenamente a nossa nova condição minoritária.

José (GUIA DOS PERPLEXOS) in terradaalegria.blogspot.com

terça-feira, maio 11, 2004

A respeito da paz que o mundo me oferece e da paz que procuro...


«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.
Ouvistes o que Eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós.' Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é mais do que Eu.
Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer.
Já não falarei muito convosco, pois está a chegar o dominador deste mundo; ele nada pode contra mim, mas o mundo tem de saber que Eu amo o Pai e actuo como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui!»
Evangelho segundo S. João 14,27-31.

e já agora a interpretação desta passagem do Evangelho de S.João feita por S. Serafim de Sarov (1759-1833), monge russo,nas suas Homilias...

A paz em Jesus Cristo
Não há nada de melhor do que a paz em Jesus Cristo...Quando o homem alcança o estado de paz, faz radiar sobre os outros a luz de uma razão iluminada. Antes ele deve repetir estas palavras: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho”. (Mt 7,5)Esta paz, este tesouro inestimável, nosso Senhor Jesus Cristo deixou-a aos seus discípulos antes da sua morte.Devemos esforçarmo-nos por todos os meios por guardar a paz da alma e não sermos perturbados pelas ofensas que vêm do próximo. É preciso suportar as ofensas com indiferença e criar uma disposição de espírito, como se essas ofensas não nos dizessem respeito e se dirigissem a outras pessoas.Este exercício pode assegurar ao coração humano a tranquilidade a aí fazer uma morada de Deus. Se é impossível não se inquietar é preciso procurar pelo menos segurar a língua, segundo o salmista: “Na minha agitação eu não podia falar” (Sl 76,5).Para guardar a paz da alma, é necessário banir o desânimo, é necessário procurar ter um espírito alegre, e isento de tristeza. Quando o homem tem grande falta do que é necessário para o corpo, é-lhe difícil de dominar o desencorajamento; isso diz respeito evidentemente às almas fracas.Para conservar a paz interior, é preciso também evitar cuidadosamente censurarmos os outros. Conserva-se a paz não julgando o próximo, guardando silêncio. Neste estado, o espírito recebe as revelações divinas.O homem que está empenhado em seguir a via da atenção interior, deve antes de tudo ter o temor de Deus, que é o começo da sabedoria.No seu espírito devem estar sempre gravadas estas palavras proféticas: “Servi o Senhor com temor, exultai de alegria mas com tremor” (Sl 2,11).