Depois de algum tempo em silêncio, regresso com este post que quero dedicar também ao Charbel. Tenho andado com outros afazeres e pouco disponível para escrever.
Mas hoje ao ler esta passagem do Evangelho de S.João, senti-me tocado por este diálogo de Jesus e Marta que também me questiona. Será que nas coisas do quotidiano acredito de facto n'Ele?
... Com Ele a esperança e a fé não são só teorias e ideias mais ou menos distantes mais ou menos fora do alcance. Implica no hoje e no agora.
Há um sentido de urgência na relação com Deus.
- crês nisto?
Evangelho segundo S. João 11,19-27.
e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.» Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.» Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?» Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»
quinta-feira, julho 29, 2004
terça-feira, julho 20, 2004
fim do dia ...
Insensatez
Lá fora estou solitário .
não vejo nada senão a cor (laranja do Sol).
cá dentro já não tenho a tua companhia
e o café não tem o sabor
das desoras de alegria
dos fins de tarde
na velha leitaria.
Por isso deixo aqui estas palavras moidas em passe-vite.
ó Camilo, (ó Eça, ó Pessoa)
fosses tu um taberneiro
fosses tu barman de bairro
e as minhas lamúrias ouvirias
em silêncios sepulcrais
em cumplicidades divididas
com outros mortais
sob o teu semblante carrancudo
falho de acções de formação
em empresas de segunda
ou outras que tais...
Lá fora estou solitário .
não vejo nada senão a cor (laranja do Sol).
cá dentro já não tenho a tua companhia
e o café não tem o sabor
das desoras de alegria
dos fins de tarde
na velha leitaria.
Por isso deixo aqui estas palavras moidas em passe-vite.
ó Camilo, (ó Eça, ó Pessoa)
fosses tu um taberneiro
fosses tu barman de bairro
e as minhas lamúrias ouvirias
em silêncios sepulcrais
em cumplicidades divididas
com outros mortais
sob o teu semblante carrancudo
falho de acções de formação
em empresas de segunda
ou outras que tais...
segunda-feira, julho 19, 2004
Saber perder.
Sem ti
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti.
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
Eugénio de Andrade, Poemas
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti.
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
Eugénio de Andrade, Poemas
Bom dia...
espero que te encontres bem
espero que a nossa amizade permaneça
peço a Deus que te proteja
por isso o meu bom dia...
espero que a nossa amizade permaneça
peço a Deus que te proteja
por isso o meu bom dia...

sexta-feira, julho 16, 2004
Ruth...
Conversei hoje contigo.
Já não houvia a tua voz e não sentia as tua respiração cheia de tonalidades há muito tempo.
Saber identificar o que se sente requer sabedoria.
Tinhas sono e a voz suavemente cansada.
prometeste um jantar.
espero por aqui.
Sexta-feira ou a vida nova...

E hoje, sentindo que as coisas que tinham de ser ditas foram ditas, que as coisa que tinham que ser feitas, foram feitas, sinto-me cada vez mais capaz de amar esta cruz que trago e de ser capaz de Te seguir, Senhor.
Bem sei que me esperam quedas e deserções, e sei que o sabes e me acolhes como sou.
Peço-te Senhor, a graça de me ensinares a amar e a bendizer cruz que me deste.
Peço-te Senhor por todos aqueles que puseste no meu caminho.
Para eles, com amizade...

quinta-feira, julho 15, 2004
Almoço em mesas separadas.... e coisas mais sérias depois.
com amigos nos sentamos
nas mesas separadas em que almoçamos
Em mesas separadas nos sentamos
e
com pães ázimos nos deliciamos
em restaurantes indianos
como amigos partilhamos
o que
como amigos almoçamos.
como amigos nos lembramos
das sobremesas que nunca provamos
nos cafés que bebericamos
é melhor pedir a conta...
sou uma pequena igreja (não uma grande catedral)
longe da opulência e imundície das apressadas cidades
- não me preocupo se os dias mais breves se tornam brevíssimos,não tenho pena quando o sol e chuva fazem abril
a minha vida é a vida do ceifeiro e do semeador;
as minhas orações são as orações da terra onde desajeitadas lutam
(encontrando e perdendo e rindo e chorando) as crianças
cuja qualquer tristeza ou alegria é meu tormento e meu apaziguamento
à minha volta surge um milagre de incessante
nascer e glória e morte e ressurreição:
sobre o meu ser adormecido flutuam flamejantes símbolos
de esperança, e eu acordo para uma perfeita paciência de montanhas
sou uma pequena igreja (longe do alucinado
mundo com o seu enlevo e angústia) em paz com a natureza
- não me preocupo se as noites mais longas se tornam longuíssimas;não tenho pena quando a alma se torna canto
de inverno a primavera, ergo a minha espiral diminuta para
o misericordioso Ele Cujo único agora é para sempre:
permanecendo erecto na verdade imortal da Sua Presença
(acolhendo humildemente a Sua luz e orgulhosamente as Suas trevas)
E. E. Cummings, livro de poemas
nas mesas separadas em que almoçamos
Em mesas separadas nos sentamos
e
com pães ázimos nos deliciamos
em restaurantes indianos
como amigos partilhamos
o que
como amigos almoçamos.
como amigos nos lembramos
das sobremesas que nunca provamos
nos cafés que bebericamos
é melhor pedir a conta...

sou uma pequena igreja (não uma grande catedral)
longe da opulência e imundície das apressadas cidades
- não me preocupo se os dias mais breves se tornam brevíssimos,não tenho pena quando o sol e chuva fazem abril
a minha vida é a vida do ceifeiro e do semeador;
as minhas orações são as orações da terra onde desajeitadas lutam
(encontrando e perdendo e rindo e chorando) as crianças
cuja qualquer tristeza ou alegria é meu tormento e meu apaziguamento
à minha volta surge um milagre de incessante
nascer e glória e morte e ressurreição:
sobre o meu ser adormecido flutuam flamejantes símbolos
de esperança, e eu acordo para uma perfeita paciência de montanhas
sou uma pequena igreja (longe do alucinado
mundo com o seu enlevo e angústia) em paz com a natureza
- não me preocupo se as noites mais longas se tornam longuíssimas;não tenho pena quando a alma se torna canto
de inverno a primavera, ergo a minha espiral diminuta para
o misericordioso Ele Cujo único agora é para sempre:
permanecendo erecto na verdade imortal da Sua Presença
(acolhendo humildemente a Sua luz e orgulhosamente as Suas trevas)
E. E. Cummings, livro de poemas
Mudanças...
Bem... mudei de aspecto. Entendo isto como cortar o cabelo ou deixar crescer a barba, enfim, os blogues também têm disto.
Curiosidade, ou talvez não, a mudança virtual também me apanhou numa fase de mudança espiritual, a julgar pelo que tenho vivido e sentido nos últimos tempos. Ontem ouvi esta frase do salmo que rezámos nas Vésperas. Deixo-a aqui porque a tenho, desde que acordei, na minha cabeça e no meu coração.
" Se o Senhor não constrói a casa, em vão se cansam os construtores"
Curiosidade, ou talvez não, a mudança virtual também me apanhou numa fase de mudança espiritual, a julgar pelo que tenho vivido e sentido nos últimos tempos. Ontem ouvi esta frase do salmo que rezámos nas Vésperas. Deixo-a aqui porque a tenho, desde que acordei, na minha cabeça e no meu coração.
" Se o Senhor não constrói a casa, em vão se cansam os construtores"

quarta-feira, julho 14, 2004
O dilúvio...
Parece que o meu blogue está em crise...a ver vamos se a coisa muda. deve ser da idade.
sexta-feira, julho 09, 2004
de tarde ...
Se
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética (I, II e III)
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética (I, II e III)
No Jantar... para o Tom e para Filipa
Não sei como começar...
Jantaram comigo ontem a irmã e amiga(mais nova) e um amigo e irmão (mais velho).
Vou "postar" mais uma vez o que se segue. Não me ocorre nada de mais oportuno.
Para a FILIPA
Foi necessário ter perdido tudo
Para chegar à perfeição enorme
De não poder perder a confiança.
Já com riquezas vãs me não iludo.
Sei por fim que sou rico simplesmente
Das coisas que deixaram de ser minhas.
Sebastião da Gama, Itinerário Paralelo
Para o TOM
Jantaram comigo ontem a irmã e amiga(mais nova) e um amigo e irmão (mais velho).
Vou "postar" mais uma vez o que se segue. Não me ocorre nada de mais oportuno.
Para a FILIPA
Foi necessário ter perdido tudo
Para chegar à perfeição enorme
De não poder perder a confiança.
Já com riquezas vãs me não iludo.
Sei por fim que sou rico simplesmente
Das coisas que deixaram de ser minhas.
Sebastião da Gama, Itinerário Paralelo
Para o TOM

quinta-feira, julho 08, 2004
O regresso...
É bom partir, é melhor voltar.
Se na ida se leva a dúvida, a descrença, a desilusão, a ausência e a solidão, no regresso volta-se com a paz no coração, a fé retemperada e a certeza desse encontro que se fez.
Além disso trouxe a irmã. Ele não falha.
Se na ida se leva a dúvida, a descrença, a desilusão, a ausência e a solidão, no regresso volta-se com a paz no coração, a fé retemperada e a certeza desse encontro que se fez.
Além disso trouxe a irmã. Ele não falha.

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