terça-feira, abril 05, 2005

...de Jerusalém a Lisboa...

De regresso. Tanto em que pensar, tanto que reflectir o que vi e vivi por lá.
Foi "A Viagem".
Fica a promessa de deixar aqui fragmentos do que me alcançou naquelas paragens onde Jesus fez a sua terra de nascimento.
Foi a todos os níveis uma semana cheia de tudo.
Para já fica um poema dedicado à vida e morte de João Paulo II

(Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-patrona da Europa Poesia Pentecostes 1942, Judia convertida ao amor de Cristo e morta pelos nazis em Auschwitz )

Quem és tu, doce luz que me cumula
E ilumina as trevas do meu coração?
Tu me guias como a mão de uma mãe
E, se me largasses,
Eu não poderia dar nem mais um passo.
Tu és o espaço
Que envolve o meu ser e o abriga em ti.
Se o abandonasses, afundar-se-ia no abismo do nada
De onde o tiraste para o elevares até à luz.
Tu, mais próximo de mim
Do que eu mesma estou,
Mais íntimo dos que as profundezas da minha alma
E, contudo, intocável e inefável,
Para além de todo o nome,Espírito Santo, Amor eterno!
Não és tu o doce maná
Que, do coração do Filho,
Transborda para o meu,
Alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que se ergueu da morte à vida
Acordou-me também a mim
Do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
Continua a dar-me uma nova vida,
Cuja plenitude um dia me inundará,
Vida saída da tua vida,
Sim, Tu mesmo,Espírito Santo,
Vida eterna!