terça-feira, abril 19, 2005

Espelho meu, espelho meu...

No fundo dos teus olhos,
vejo a cor dos meus
No sorriso dos teus lábios
adivinho o beijo dos meus
No abraço do teu corpo
sustento o conforto do meu...

irmão Nuno.

Na distância que nos limita situa-se o lugar de encontro. Para a cidade chorada sobe-se. Daqui subindo vai-se descendo em cada um de nós. Passámos por ti ó cidade desejada do alto. No caminho olhámos-te de lado e agarrámos um deserto imenso de cor de palha. e lamentando o muro das limitações avistamos Jericó. Trata-se de um oásis de cheio de palmares e tâmaras doces, àgua viva e sombras refrescantes. Beduínos que somos percorremos as àridas planícies e os vales fortes. O rebanho conduzido pelo pastor não apressou o passo, mas aguardou as suas ordens. ruminando.
Lá em baixo estava mais quente e a água salgada já não era fresca. Morto este mar, voltamo-nos para a galileia dos gentios e abandonámos os pagãos percorrendo as àguas do baptismo.
Eis o que fazer quando a memória desemboca e o mundo estilhaça de visões pueris !

Senhor salva-me das imagens de nada!