terça-feira, novembro 22, 2005

A revolução em que acredito.

Papa Bento XVI (20ª Jornada Mundial da Juventude)

Os santos mostram-nos o caminho para se ser feliz; mostram-nos como podemos ser pessoas verdadeiramente humanas. Nas vicissitudes da história, foram eles os verdadeiros reformadores que, muitas vezes, fizeram sair a Históra dos obscuros vales nos quais ela corre sempre o risco de se voltar a afundar... É só dos santos, é só de Deus que vem a verdadeira revolução, a transformação decisiva do mundo...Ao longo do século que acaba de passar, vivemos revoluções cujo programa comum era não esperar nada de Deus, mas tomar totalmente nas suas mãos o destino do mundo. E vimos como, dessa forma, um ponto de vista humano e parcial era sempre tomado como a medida absoluta das orientações. A absolutização daquilo que não é absoluto mas relativo chama-se totalitarismo. Isso não liberta o homem, mas tira-lhe a sua dignidade e torna-o escravo. Não são as ideologias que salvam o mundo, só o consegue o virarmo-nos para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante daquilo que é verdadeiramente bom e verdadeiro. A verdadeira revolução consiste unicamente no facto de nos voltarmos sem reserva para Deus, que é a medida daquilo que é justo e que é, ao mesmo tempo, o amor eterno.O que é que poderia salvar-nos senão o amor?...Os que falam de Deus são numerosos; em nome de Deus prega-se também o ódio e exerce-se a violência. É, pois, preciso descobrir o verdadeiro rosto de Deus... «Quem O viu, viu o Pai», dizia Jesus a Filipe(Jo 14,9). Em Jesus Cristo, que, por nós, permitiu que o Seu corpo fosse traspassado, nEle se manifestou o verdadeiro rosto de Deus. Segui-Lo-emos com a multidão dos que nos precederam. Então estaremos a caminhar no caminho certo